Marcos Simão
Gosto de ver os homens como eternas crianças.
Ilesos ainda de todas as máculas do mundo.
Ungidos pela inocência da infância, cuja vida é apenas uma brincadeira.
Um espetáculo sereno para um dia sereno.
Melhor, adoro ainda contemplá-los
como almas maduras e menos inocentes,
muito viajadas na poeirenta estrada da vida,
orgulhosamente a levar seus pequenos brasões
degenerados, recheados de memoriais de alto padrão.
Triste experiência do destino,
desde a queda de suas mascaras, frágeis armaduras
a levar, orgulhosamente, suas vidas com suas próprias mãos.
E ainda, que se escondam dentro de suas próprias profundezas,
cujas feridas foram disseminadas com cuidado,
mesmo assim, espalhadas pelo todo.
Como uma flor madura com conteúdo auto-forjado.
São nobres que resolvem reprovar os deuses
e ousam afirmar a eminência do homem
acima do nível de felicidade dos brutos.
E mais, eles nos anunciam das alturas,
para a qual nenhum caminho natural jamais nos guiará,
e nenhuma luz natural pode iluminar nossos passos,
Podem apenas refletir distantes raios de luz que brilham
dos olhos reticentes de um bravo homem.
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