Ocupas a mente de um homem, brotas
no peito de um amante, e com toda calma
tomas de beijos, infinita alma...
E o bálsamo dos teus beijos fálicos
penetra a terra, bate nas entranhas,
rompe as rochas e arrebata as sanhas!
És arrogante! Sangras e dobras!
Ora, cingindo olhares em fuga,
fitas a vida que sangrando matas,
ora, brandindo em seva insana
fúria, lembras, amor, a soberana
imagem pétrea da haste tanta.
Beijam-te o caminho miríades escravas
da destemperanças! - Estas multidões
sonham Pasárgadas douradas de ilusões
por entre os tórculos persas das intemperaças.
Pedras que rolam quando a água passa
No turbilhão das torrentes enxurradas!
Tudo conquistas! Dos pomares tranqüilos
as catedrais, e das catedrais
aos luminosos pulcros e brilhantes sonhos
de semblante pulcro e de esplendores claros,
filigranas em ouro e gemas raras
cravados em almas puras.
E em tudo retumba a tua submissão.
Da fibra mais forte até a fibra
mais tênue choram, se lamentam e crispam...
E num corpo onde um ocaso chora
levantas a haste da redenção da aurora
Como a Judite a redimir Betúlia!
Que bem seja, pois, teu terrível poder,
de uma aterradora dominação
de uma fonte regeneradora
acalma um homens, a um leão que dorme
e do amor gera uma potência enorme
que cortina sobre este homem, impassível!
Deste lacrimoso ode de amor, "JS",
imóvel, sonhei-o aos astros, quando
entre guias de estrelas, latentes,
insigne estavas na tua confiança notável
mais belo do que o Poseidon de Artemisium,
mais divinal que o Baco de Da Vinci!
Qual um crente no poder da razão,
entre os sentidos da linguagem e o silêncio,
cativo, beijo os áureos pés de sua senhoria.
Assim, "JS", eis-me de ti cativo!
Cativaste-me, "JS", e eis o motivo,
eis o motivo desta ode.
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